Barba, cabelo e bigode. A delegação brasileira conquistou,
nos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru, encerrados neste domingo, os três
maiores objetivos que poderiam ser atingidos: quebrou o recorde de medalhas de
ouro, levando 55, três a mais que no Pan de 2007, no Rio de Janeiro, foi ao
pódio como jamais havia feito, 171, 14 vezes a mais do que a marca anterior, e
encerrou o evento em segundo no quadro geral, atrás apenas dos Estados Unidos,
repetindo o ocorrido em 1963, no Pan de São Paulo. Portanto, o Brasil fechou
com 55 ouros, 45 pratas e 71 bronzes.
Outro recorde interessante atingido pelo Brasil foi o de
número de modalidades que foi ao pódio. O Brasil conquistou medalha em 41, mais
que os 40 do Rio 2007. Nos títulos, foram 22 modalidades com ouros, repetindo
as 22 de 2007. Com menos de 500 atletas, delegação foi a menor desde 2003, o Brasil
se destacou muito mais em esportes individuais do que nos coletivos.
O carro chefe do Brasil foi, pela quarta vez seguida, a
natação. Da piscina de Lima vieram 10 medalhas de ouro, e um total de 30
medalhas. A vela, sempre tão tradicional no país, conquistou cinco títulos em
onze possíveis, em um aproveitamento espetacular. Atletismo e
ginástica(artística e rítmica), com seis e cinco douradas respectivamente,
superaram o resultado ruim de Toronto 2015 e voltaram a colocar o país como
potência no continente.
O próximo passo agora é a Olimpíada de Tóquio 2020, que tem
início no dia 24 de julho. O Comitê Olímpico do Brasil (COB) opta por não falar
em metas de medalha ou posição no quadro de medalhas, mas é claro que há um
objetivo plausível para os Jogos: superar os 19 pódios conquistados na Rio
2016. E, com a inclusão de surfe e skate no programa de provas, a chance é
clara.
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