O Campeonato Paraibano de Futebol
Profissional, em janeiro de 2018, deve ter início com os portões fechados, sem
a presença dos torcedores. Os estádios definidos para realização dos jogos
foram todos reprovados ou estão com restrições. O Ministério Público da Paraíba
convocou uma reunião de emergência para tentar chegar a uma solução, no dia 03
de janeiro, às 9h, no MPProcon, em João Pessoa.
"A perspectiva, no momento,
é do início do campeonato, no próximo dia 7 de janeiro, com a realização dos
jogos, de portões fechados, quiçá, em outras rodadas e não só na
primeira", disse o procurador de Justiça Valberto Lira.
A Comissão Pernamente de
Prevenção e Combate à Violência nos Estádios da Paraíba encaminhou ofício ao
presidente da Federação Paraibana de Futebol (FPF) informando a situação dos
estádios, no que se refere aos laudos previstos no Estatuto do Torcedor e na
Portaria 290/2015 no Ministério dos Esportes.
"A nossa preocupação maior é
que, além do campeonato estadual, nós temos as equipes do Botafogo participando
da série C e Campinense e Treze participando da série B, e a comunicação que eu
já recebi da gerência de segurança da CBF é dando conta de que iriam ter, como
igualmente pode acontecer com o campeonato paraibano, a realização de jogos com
portões fechados", disse Valberto Lira, lamentando que não houve nenhuma
resposta efetiva dos gestores dos estádios. Além do campeonato paraibano, a
preocupação é com a participação na Copa do Nordeste e Copa do Brasil.
De acordo com a Comissão, o
Estádio Almeidão, em João Pessoa, encontra-se reprovado, pelo laudo de
prevenção e combate a incêndio e pânico, emitido pelo Corpo de Bombeiros, e
aprovado com restrição, pelo laudo de segurança da Polícia Militar. Não foi
apresentado ao Ministério Público o laudo de condições sanitárias e de higiene.
O Estádio Amigão, em Campina
Grande, também encontra-se reprovado pelos mesmos motivos do Almeidão.
Já o Estádio Marizão, em Sousa,
foi aprovado com restrição, devido ao laudo de prevenção e combate a incêndio e
pânico, e os demais laudos não foram apresentados. Enquanto o Perpetão, em
Cajazeiras, foi reprovado, pelo laudo de prevenção e combate a incêndio e
pânico.
Em Patos, o Estádio Zé Cavalcante
foi aprovado com restrição pela questão da prevenção a incêndios e reprovado
pela segurança.
O Estádio Presidente Vargas, em
Campina Grande, foi reprovado no quesito de prevenção a incêndio.
O Estádio Sílvio Porto, em
Guarabira, foi reprovado na questão da segurança e aprovado com restrição na
prevenção a incêndio.
Quanto ao Estádio da Graça, em
João Pessoa, não teve os laudos apresentados.
No dia 03 de janeiro, os gestores
dos estádios vão ter a oportunidade de sanearem as irregularidades.
"Tem muita gente que não
sabe que houve uma modificação dos critérios e nos modelos dos laudos que devem
ser apresentados, que entraram em vigor desde 2016", alertou Valberto
Lira, lamentando o prejuízo para os torcedores, que serão privados de assistir
aos jogos.
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