Foi um ano insosso para o Atlético de Cajazeiras. Meio
apático. E quase sem emoção dentro de campo. Atuou oficialmente 18 vezes em
2015, foi um mero coadjuvante ao longo do Campeonato Paraibano e “encerrou” a
temporada duas rodadas antes do fim da competição, quando o clube que já não
tinha chances de classificação para o quadrangular final do Paraibano se livrou
definitivamente do rebaixamento. Aliás, apenas como prova de que o ano foi
ruim, a salvação da degola veio após uma derrota para o CSP, beneficiado apenas
por causa de uma derrota do Lucena em um outro duelo do estadual.
O ano só não foi completamente sem emoção porque fora de
campo veio uma tentativa de virada de mesa. O Trovão Azul chegou a ser
denunciado pelo Lucena e depois pela própria Federação Paraibana de Futebol,
que alegou “dever de ofício”. O clube, assim, foi julgado por escalação
irregular de pelo menos três jogadores, e poderia perder tantos pontos que
seria rebaixado da competição, salvando assim o Lucena. No fim, contudo, o time
de Cajazeiras venceu a batalha jurídica e permaneceu no Paraibano para 2016.
Mas precisará mesmo é esquecer 2015.
O clube que é campeão paraibano de 2002, foi neste ano um
time que já nasceu sem muitas perspectivas. Treinado pelo técnico Tássiano
Gadelha, tinha poucos jogadores competitivos e, muito por isso, era pouco
confiável. E ao longo de 18 rodadas, venceu quatro partidas, empatou sete e
perdeu outras sete. Com 19 pontos conquistados, terminou em sétimo lugar (a
frente de Santa Cruz, Lucena e Miramar).
No início da competição, conviveu com a zona de rebaixamento.
Mas saiu em alto estilo. No único momento de magia do clube no campeonato, o
Atlético goleou o Santa Cruz por 7 a 2. E num jogo inusitado. Abriu 2 a 0 no
primeiro tempo, mas nos acréscimos da primeira etapa, em dois lances em dois
minutos, sofreu o empate. No segundo tempo, contudo, foi arrasador. Marcou um
gol logo no início do segundo tempo e mais a frente marcou outros quatro gols
em apenas oito minutos, fechando o placar devastador.
Não seria a lógica. O time só venceria mais três vezes em
todo o campeonato. O Miramar nas duas oportunidades em que se enfrentaram e
pelo placar mínimo o Sousa. Em sentido oposto, o Trovão Azul sofreu foi com o
Campinense. Duas goleadas acachapantes, perdendo de 4 a 0 dentro de casa e de 5
a 1 fora de casa. Foi goleado ainda pelo Botafogo-PB, fora de casa, por 4 a 1.
Placares como estes fizeram com que o clube permanecesse na
zona intermediária da tabela, a meio caminho da zona de classificação e da zona
de rebaixamento. Mas sempre mais perto desta última.
0 comentários:
Postar um comentário